Sobre a nostalgia tecnológica

Quem gosta muito de informática e tecnologia já há alguns anos tende a relembrar constantemente de como essas áreas evoluíram tanto em tão pouco tempo… Eu não poderia fugir dessa nostalgia, nem se me forçasse a tentar.

Ainda lembro do meu primeiro contato com um computador: criança do interior, passeando num Shopping pela primeira vez, de alguma forma eu sabia o que era aquela caixa branca/bege (desculpe, eu sou daltônico) e todo seu potencial. Ele estava desligado, encima de uma mesa, e eu não pude segurar a vontade de encostar os dedos no teclado.

As crianças hoje nascem na frente do smartphone, do tablet e do computador. Pra elas a tecnologia é algo normal, que faz parte da vida, assim como energia elétrica e água encanada para nós que somos velhos de uma geração anterior. Quando eu era criança, a informática era algo que eu acompanhava nas revistas ou ficava imaginando e conversando com meu amigo Raffael (@raffaelps) e raramente tinha oportunidade de usar realmente.

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Nesse passado tão perto e tão longe, qualquer IBM Aptiva com processador Intel 386 era um “Poderoso Chefão” (sim, foi o apelido que demos pra ele); colecionávamos não só disquetes como caixas de disquetes; acompanhamos de perto o “nascimento” dos pendrives (botamos as mãos em um com incríveis 64MB de armazenamento); sonhávamos com os computadores de mão da Palm (que cheguei a ter um certo tempo depois); instalávamos distribuições Linux das mais malucas variadas possíveis via linha de comando; programávamos nossos primeiros aplicativos usando Delphi; conhecíamos os primeiros iPods da Apple e fazíamos de tudo pra tentar ouvir o barulho do modem acessando a internet…

Nessa onda nostálgica, resolvi visitar a gaveta do velho Palm Tungsten E, com sua canetinha stylus e seu “cartãozão” de 128 MB. E não é que, mesmo com o carregador com o plug defeituoso, consegui fazer o Palm ligar! Parece que o poder da nostalgia tecnológica é mais forte do que se imagina…

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E pensar que hoje em dia qualquer smartphone de entrada faz muito mais do que ele fazia… O tempo passa, a tecnologia evolui e as lembranças ficam… Ainda bem!

Adaptado de texto publicado originalmente em 05/04/2015

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